Amazônia Azul

A “Amazônia Azul” é uma área marítima equivalente a 4,5 vezes o território terrestre brasileiro, que corresponde a toda a zona costeira nacional, compreendendo a superfície do mar, águas sobrejacentes ao leito do mar, solo e subsolo marinhos, a partir do litoral até o limite exterior da Plataforma Continental brasileira.

Seu potencial, ainda pouco explorado, é tão grande que poderia impulsionar a economia do país nas próximas décadas. Rica em recursos naturais e biodiversidade, a região oferece oportunidades em muitos setores, como petróleo e gás, mineração, pesca, turismo e geração de energia renovável.
Petróleo e gás: A Pré-Sal, camada geológica sob o leito marinho, já rendeu ao Brasil bilhões de dólares e ainda guarda reservas expressivas. Novas tecnologias permitem explorar áreas mais profundas, aumentando o potencial de produção.

Mineração: Nódulos de manganês, rochas ricas em metais como níquel, cobalto e cobre, e terras-raras, essenciais para a indústria tecnológica, são alguns dos recursos minerais presentes na Amazônia Azul.
Pesca: A pesca industrial e a aquicultura podem ser expandidas de forma sustentável, gerando emprego e renda. A diversificação da produção e a valorização do pescado podem aumentar o valor da atividade.

Turismo: As belezas naturais da costa brasileira, aliadas à rica cultura local, oferecem um enorme potencial para o turismo náutico e ecológico. O desenvolvimento de infraestrutura e a qualificação da mão de obra são essenciais para o crescimento do setor.

Energia renovável: O potencial para geração de energia eólica offshore no Brasil é um dos maiores do mundo. A instalação de parques eólicos no mar pode contribuir para diversificar a matriz energética brasileira e reduzir as emissões de carbono.

Claro que, para que possamos desfrutar de tanta riqueza, muitos desafios precisam ser superados, em especial, por meio do fomento de pesquisas para mapear os recursos da Amazônia Azul; desenvolvimento de tecnologias para explorá-los de forma eficiente e sustentável; expansão da infraestrutura portuária e a modernização da logística na região; e capacitação adequada da mão de obra local para atender às demandas dos novos setores.

Para permitir a realização de qualquer iniciativa nesse sentido, é fundamental conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente marinho. Daí a importância de estudos robustos e muito planejamento para a sua viabilização.