Entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, Belém é sede da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), o maior evento global sobre políticas climáticas.

A conferência marca uma década desde o Acordo de Paris e ocorre em um momento decisivo para transformar promessas em ações concretas.

Cinco pilares para enfrentar a crise climática

De acordo com especialistas e instituições como o WRI Brasil, cinco temas centrais devem dominar a agenda da COP30:

1 – Transição energética e fim dos combustíveis fósseis: A principal meta é estabelecer compromissos concretos para reduzir gradualmente o uso de petróleo, gás e carvão, responsáveis por cerca de 90% das emissões globais de gases de efeito estufa.

2 – Preservação das florestas tropicais e combate ao desmatamento: Com a Amazônia no centro das discussões, espera-se o lançamento de mecanismos de financiamento para proteger biomas e restaurar áreas degradadas, como o Fundo Florestas Tropicais para Sempre.

3 – Financiamento climático: Países desenvolvidos devem apresentar planos para viabilizar o investimento anual de até US$ 1,3 trilhão em ações de mitigação e adaptação, apoiando nações em desenvolvimento.

4 – Adaptação e resiliência climática: As políticas devem priorizar infraestrutura sustentável e proteção de comunidades vulneráveis. Cada dólar investido em adaptação pode gerar mais de dez em benefícios econômicos e sociais.

5 – Planos nacionais (NDCs): As novas Contribuições Nacionalmente Determinadas devem alinhar metas de neutralidade de carbono, eficiência energética e transição justa, fortalecendo a integração entre clima, economia e bem-estar social.

A COP30 em Belém é repleta de simbolismo

A escolha de Belém como sede do evento reforça o protagonismo do Brasil na agenda ambiental global, afinal, a Amazônia concentra mais de 120 bilhões de toneladas de carbono e a sua conservação é considerada essencial para o equilíbrio climático do planeta.

Além de discutir metas internacionais, a COP30 será uma vitrine para o país apresentar soluções em transição energética, governança ambiental e inovação sustentável, consolidando-se como liderança na construção de um futuro promissor para as presentes e futuras gerações.

Bem por isso, a expectativa sobre os desdobramentos das iniciativas consensadas nesse período é grande, especialmente porque podem constituir em alavancas importantes para investimentos responsáveis no Brasil e, também, mundo afora.